Aprendendo digitação por toque

Assim que meu teclado X-Bows chegou, também comecei a aprender digitação por toque. É um método em que se utiliza o tato em vez da visão para localizar as teclas do teclado. Em outras palavras, um digitador por toque consegue digitar todas as teclas através da memória muscular. Essa prática envolve uma série de conceitos, que são resumidos na imagem abaixo e explicados com mais detalhes nos sites a seguir.

Posição de descanso dos dedos na fileira inicial

Posição de descanso dos dedos na fileira inicial1

É importante destacar que, além dos desafios inerentes à transição para a digitação por toque, eu também estava enfrentando mudanças de layout do teclado (de pt-br para us), design (de convencional para thumb cluster) e linguagem (de português para inglês) devido ao aspecto anglófono dos exercícios.

Depois de testar algumas opções, decidi utilizar estes dois sites para aprender:

typing.com
Para conteúdo teórico e exercícios básicos.
keybr.com
Para exercícios mais avançados, adaptados ao meu nível de progresso.

Pratiquei 30 minutos por dia durante um mês. 15 minutos de typing.com seguidos de 15 minutos de keybr.com. Além disso, fiz um esforço deliberado para não abandonar o método de digitação por toque sempre que precisasse utilizar o computador para as tarefas do dia a dia. Sim, o começo foi bastante difícil.

Aqui estão algumas estatísticas do keybr.com sobre meu processo de aprendizagem. Também anotei minhas impressões de cada dia no meu diário, que resumi por semana no final deste texto.

Ao todo, depois de um mês dessa rotina, saí de 36 palavras por minuto com o método visual para uma média de 85 palavras por minuto com a digitação por toque. Além dos benefícios em velocidade e memória muscular, digitar corretamente também me proporcionou muito mais conforto. Certamente, é uma habilidade que gostaria de ter desenvolvido antes e que é absolutamente bem-vinda nos nossos tempos.

Após esse período de aprendizado, passei a utilizar o monkeytype.com para manutenção e aquecimento sempre que sinto necessidade.

Semana 1

Certamente, esta foi a semana mais difícil. A vontade de voltar a digitar da maneira antiga é forte. Tarefas básicas levam muito tempo, a ponto de o computador se tornar praticamente inutilizável.

Depois de alguns dias, com bastante esforço para posicionar os dedos corretamente, tarefas simples já se tornaram possíveis.

Do meio para o final desta semana, notei alguns sinais de fluidez.

As práticas já começaram a envolver letras maiúsculas e um conjunto mais amplo de sequências.

Semana 2

A velocidade de digitação está aumentando. Agora consigo digitar letras maiúsculas rapidamente.

As práticas começaram a envolver acentuação e pontuação.

Apesar do aumento no número de erros, estou conseguindo manter a mesma velocidade de antes.

Semana 3

Acertar os acentos e as letras maiúsculas é bastante agradável.

Os exercícios estão progredindo sem muitas surpresas.

A velocidade de digitação continua aumentando, mas em um ritmo mais lento.

Semana 4

Os erros estão se tornando muito menos frequentes.

Já estou digitando de maneira confortável e fluída.

Existe um dilema entre digitar mais rápido e cometer mais erros e digitar mais devagar e ser mais preciso.

A segunda opção tende a ser mais eficaz ao final das sessões, tanto em termos de aprendizado quanto de palavras digitadas.


1

Sakurambo, via Wikimedia Commons

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